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Centro de Memória da Justiça do Rio de Janeiro abre exposição

Centro de Memória da Justiça abre exposição

 

Em comemoração aos 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ) inaugurou ontem a exposição “Dom João VI e a Justiça em Niterói”, no Centro de Memória Judiciária, no Fórum de Niterói. O evento contou com a presença do presidente do TJ, desembargador José Carlos Schmidt Murta Ribeiro, que anunciou a transformação do antigo Fórum em espaço cultural.

 


“Um povo sem memória é apenas um ajuntamento. Estou muito feliz em poder incentivar essa atividade de preservar a memória, que é essencial. Quero deixar encaminhada a implantação de um espaço cultural neste local, quando as atividades forenses forem transferidas para o novo Fórum”, declarou Murta Ribeiro.

 

Para o organizador da exposição e membro do Grupo de Altos Estudos da Memória Judiciária, desembargador Elmo Guedes Arueira, a história da Justiça na cidade se confunde com sua própria criação, já que na mesma data o rei nomeou o primeiro juiz de fora para administrar o local.

 

“Inauguramos uma exposição sobre a chegada da Família Real no Museu da Justiça, mas faltava destacar sua importância aqui. Nesta mostra buscamos reunir os elementos principais relativos a Dom João VI em Niterói. Ele gostava de praia e se hospedava na casa de um amigo em São Domingos”, lembrou Elmo.

 


De acordo com o desembargador Arueira, Dom João VI chegou a passar um aniversário na cidade, durante uma temporada em maio de 1816. Devido à receptividade dos cerca de 13 mil moradores da época teria, inclusive, feito menção ao fato no ato de criação da Vila Real da Praia Grande, hoje Niterói.

 


A exposição também faz memória da revista às tropas que seguiram para Montevidéu e a administração de José Clemente, responsável pelo traçado urbano da cidade, que ainda hoje pode ser observado. A exposição fica em cartaz até 19 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 11 horas às 17h30. O Fórum fica na Praça da República, no Centro.

 

Fonte: O Fluminense, 02/10/2008.

Mais informações www.tj.rj.jus.br no link museu

 

Aniversário de Posse – 8 anos

Hoje, 25/09/2008, fazem 8 anos que tomei posse aqui no Tribunal. Fazendo uma retrospectiva, lembro daquele garoto recem formado, magrelo, que não tinha a minima ideia do que ia fazer da vida depois da faculdade. A aprovação no Concurso foi muito comemorada, e durante todo esse tempo, foram muitas alegrias, algumas tristezas e muitos amigos e projetos. Fizemos coisas incriveis, como o PROMA e o Centro de Memória Digital e muita “transferência de caixa” (foram muitos caminhões carregados, he he he). Só tenho a agradecer a Deus todas as oportunidades que tive, procurando sempre ser um arquivista melhor.

Projeto Resgate – CMD/UnB

update2: O site do Projeto Resgate está disponível novamente, acessem www.resgate.unb.br

update: A mais de um mês o site do Projeto Resgate está fora do ar, vou me informar na UNB, sobre o que está acontecendo

Procurarei apresentar nesse espaço alguns projetos voltados a preservação da memória. O primeiro é o projeto resgate, uma parceria do Centro de Memória Digital da UnB, com a Petrobras e o Arquivo Histórico Ultramarino de Portugal.

O Centro de Memória Digital (CMD) está instalado na Universidade de Brasília (UnB) desde 2003 e é integrado por professores e alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de História, Letras, Engenharia de Redes, Comunicação e Ciências da Informação. O CMD propõe-se a preservar e divulgar o patrimônio histórico documental em meio digital, articulando competências na área cultural e tecnológica para aplicação da tecnologia digital no resgate da identidade histórico-cultural de nosso país.

Na era da civilização cibernética, que se acha em rápido processo de difusão, a informação circulará muito mais democraticamente, deixando de ser privilégio de poucos e levando especialistas de campos diversos do conhecimento a buscarem soluções para o seu tratamento. A colaboração interdisciplinar faz-se imperiosa tendo em vista o caráter das atividades desenvolvidas pelo CMD. A Universidade de Brasília (UnB) reúne, em razão de sua excelência de produção científica e projeção nacional e internacional, especialistas em História, Literatura, Engenharia de Redes, Comunicação e Ciências da Informação. A instituição apresenta o perfil mais adequado para o desenvolvimento de projetos interdisciplinares, que integrem a pesquisa científica, a qualificação de seus quadros e o compromisso social de democratização do acesso aos bens culturais.


O Projeto Resgate em Conteúdo Digital desempenha o papel de âncora do CMD, pois, em razão da dimensão monumental, do pioneirismo, do valor exemplar e de sua visibilidade, capacita-se a agregar outras instituições mantenedoras de acervos documentais e que estejam igualmente interessadas em sua difusão e democratização. O CMD comunga com políticas públicas que têm como princípio a transversalidade, que facilita a racionalização do uso de recursos humanos e materiais, anteriormente dispersos e difusos em vários órgãos e instituições, por meio da sua colaboração e integração sistêmica. Propõe-se, nesse sentido, a otimizar os recursos públicos existentes, oferecendo-se para integrar iniciativas semelhantes em níveis e esferas distintas dos poderes públicos. No Brasil de hoje, políticas públicas de inclusão digital, sobretudo no campo educacional e cultural, compõem ferramenta preciosa de ampliação da cidadania, pois a aplicação das tecnologias de informação e comunicação na educação e cultura constitui, por definição, mecanismo de democratização e barateamento de acesso aos bens culturais.

Para mais informações visitem o site.

www.resgate.unb.br

Projeto Eletromemória

Projeto Eletromemória resgata história do setor elétrico
Pioneiro, estudo reunirá memória de empresas públicas e privadas.

São Paulo – Entender a matriz energética nos ajuda a planejar as opções futuras. Em momento de discussão sobre novas fontes de energia, avaliação de impacto ambiental e promessa de novo apagão, entender o passado é fundamental. Para isso a Fundação Energia e Saneamento está reunindo mais de 100 anos de história no Projeto Eletromemória, estudo que conta com pesquisadores das principais universidades de São Paulo, a USP, a UNESP e a Unicamp.

Coordenado pelo Prof. Dr. Gildo Magalhães dos Santos, do Depto. de História/USP, o projeto, que pretende ser o maior levantamento da memória histórica de energia elétrica do Estado de São Paulo, nasceu em fevereiro deste ano e está dividido em quatro áreas de atuação: arquivologia, cultura material, história e documentação.

“O Eletromemória reunirá materiais, como documentos, fotos e objetos, de empresas públicas e privadas do setor de energia e será desenvolvido a partir do mapeamento e diagnóstico do patrimônio acumulado dos acervos relacionados à implantação e ao desenvolvimento da geração, transmissão e distribuição da energia elétrica no Estado de São Paulo no período de 1890 a 2005”, conta Gildo Magalhães.

O intuito é estruturar a criação de um banco de dados de referência dos documentos existentes nas empresas e posteriormente, disponibilizar na Internet. “Estamos trabalhando para construir um centro de referência na preservação da memória do setor, que faz parte do entendimento do desenvolvimento do país”, comenta Marcia Pazin, gerente de serviços e projetos especiais da Fundação Energia e Saneamento.
Cada área de atuação do projeto conta com um coordenador que convidou alunos de graduação, pós-graduação e mestrado em História e Arquivologia da USP, da UNESP e Unicamp para auxiliar nas pesquisas. Ao todo são cerca de 40 pessoas, que pretendem levantar a maior quantidade possível de dados em dois anos.

Cinco empresas estão sendo pesquisadas até o momento: AES Tietê, AES Eletropaulo, Duke Energy, ISA CTEEP (Transmissão Paulista) e CESP (Companhia Energética de São Paulo), além do acervo da Fundação, mas há a pretensão de aumentar este número. A CPFL, o Grupo Rede e a Elektro podem vir a fazer parte do Projeto, que é financiado pela FAPESP e tem o apoio do SIESP. (fonte: ENARA)